Técnico do Grêmio utiliza o scout como referência, mas não como prioridade
Segundo o técnico Julinho Camargo, que chegou ao clube há duas rodadas, o problema muitas vezes é tático. Ideias mal concebidas provocam os problemas apontados pelas estatísticas.
- Todo scout técnico tem muito a ver com a ideia tática do jogo. Muitas vezes a equipe que rouba pouco a bola está mal posicionada, e nem chega na bola. Às vezes a ideia tática não ajuda o jogador. (...) Gosto de olhar, analisar internamente, mas não é isso que norteia meus pensamentos.
Sobre os desarmes, Julinho Camargo lembrou de Thiago Silva - zagueiro da Seleção Brasileira, com quem trabalhou no RS Futebol, de Alvorada, nas categorias de base. Para o treinador do Grêmio, não é preciso 'sujar o calção' para marcar.
- Gostava do Thiago Silva no RS Futebol porque ele não sujava o calção, ele marca em pé até roubar a bola. O Gilberto Silva tem um desarme limpo, o Fábio Rocehmback também, o Mário também. Roubar a bola limpa é melhor, precisamos induzir o adversário a entregar a bola.
Ao explicar o baixo número de dribles, a explicação é outra: não é um artifício inserido na cultura do futebol gaúcho.
- Faz parte de uma cultura. Trabalhei no Vitória, e lá a questão da técnica e do drible é muito forte. Tinha o lateral Apodi, que eu gostava muito, com uma concepção pequena de composição defensiva, mas muito forte no apoio, e por isso um verdadeiro xodó da torcida - comparou.
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