Presidente do Grêmio afirma que falta de censura é um problema na internet
Assim que se encerrou no último domingo a vitoriosa partida do Grêmio - 2 a 0 sobre o Coritiba, no Estádio Olímpico - o presidente Paulo Odone ingressou no campo e fez questão de cumprimentar, aos olhos do público, todos os jogadores. A recepção ao dirigente, entretanto, foi hostil. Boa parte dos gremistas posicionados nas sociais ou nas arquibancadas cantaram músicas ofensivas a Paulo Odone, com palavrões e xingamentos.Em entrevista coletiva, Odone reclamou das manifestações agressivas, e sugeriu que há um movimento organizado - supostamente por opositores de sua gestão - para combatê-lo. Nesta segunda-feira ele reiterou as reclamações, dizendo à reportagem da Rádio Gaúcha que tem recebido ameaças ('não de morte', garantiu) e muitas ofensas via internet, seja por e-mail, em blogs, ou nas redes sociais.
– Ladrão é pouco. Nunca ouvi coisas como tenho escutado. O sujeito pega e te agride mesmo usando as redes sociais. Tem esta falta de censura. Não estamos amadurecidos para este porre de democracia. A internet é muito boa. É um instrumento que permite até derrubar ditaduras, mas ao mesmo tempo as pessoas perdem os limites – disse Odone.
O presidente reconheceu que a hostilidade parte do descontentamento com a saída de Renato Gaúcho, ídolo dos torcedores, que deixou o comando técnico há duas rodadas, dando lugar a Julinho Camargo. Odone argumentou, no entanto, que apenas aceitou um pedido de demissão entregue pelo agora ex-técnico, decidindo-se após avaliar a queda no desempenho da equipe.
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